Esse foi o tema da roda de conversa na Saúde do Homem de hoje.
O que é Hepatite?
Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas
diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o
abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).
Tipos
Hepatite
A:
transmitida por água e alimentos
contaminados ou de uma pessoa para outra. Fica incubada entre 10 e 50
dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são
febre, pele e olhos amarelados, náusea e
vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de
coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção da hepatite A se faz por exame
de sangue e não há tratamento específico,
esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de
existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la
se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem
cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B e Hepatite C:
Os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C
(HCV) são transmitidos, sobretudo, por
meio do sangue. Usuários de drogas
injetáveis e pacientes submetidos à material cirúrgico contaminado e
não-descartável estão entre as maiores vítimas de hepatite, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões
sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem.
O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual,
reforçando a necessidade do uso de camisinha. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não
aparecer e grande parte dos infectados
só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em
testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas dessas hepatites são
muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a hepatite B e a C
podem evoluir
para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado.
Tratamento de Hepatite
Não existe tratamento para a forma aguda da
hepatite. Se necessário, apenas sintomático para náuseas e vômitos. O
repouso é considerado importante no tratamento da hepatite pela própria condição
do paciente.
A
utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular
para o paciente com hepatite, porém seu maior benefício é ser de melhor
digestão para o paciente sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que
o próprio indivíduo com hepatite defina sua dieta de acordo com sua aceitação
alimentar. A única restrição está
relacionada à ingestão de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um
período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.
Prevenção
A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições de vida, com
adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A vacina
específica contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa
Nacional de Imunizações (PNI).
A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue
através da triagem sorológica; a vacinação contra hepatite B, disponível no
SUS,conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de
imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B também disponível no SUS,
conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de
equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde; o não compartilhamento de alicates de unha,
lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas; o uso de
preservativos nas relações sexuais.
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas
existem outras formas de prevenção, como: triagem em bancos de sangue e
centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico
não infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado,
pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele; cumprimento das práticas
de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios dentários,
serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado;
abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias
que sejam tóxicas ao fígado, como determinados
medicamentos.
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