Quando decidimos viajar para um lugar desconhecido, fazemos planos, nos organizamos, calculamos a distância, nos preocupamos aonde iremos nos abrigar, o que iremos comer, providenciamos um levantamento de custos, perguntamos a amigos como foi sua experiência, compramos um guia, visitamos sites, selecionando os confiáveis, entre tantas outras coisas.
Geralmente não viajamos sozinhos, e por isso envolvemos nossos parceiros nessa aventura, mesmo os que
não irão, mas estão perto de nós.
Por que não termos essas mesmas atitudes com o aleitamento de nossos filhos?
Amamentar não é “automático”, parece simples, mas é um fenômeno psicossomático complexo, com variáveis socioculturais determinantes. Amamentar não é instintivo, uma fatalidade biológica como nos outros mamíferos. Nós somos animais mais “complicados” e inventamos “leite fraco”, “pouco leite”, mamadeiras, chupetas, bicos de silicone, pomadas, protetores de mamas, conchas, almofadas, sutiãs... uma parafernália de produtos dispensáveis.
Sinto que há preocupação excessiva com a compra de enxoval e equipamentos infantis. Há uma moda de ir ao exterior para comprar tudo o que o bebê “precisa”. Gasta-se uma pequena fortuna, mas se descuida do mais importante: o preparo da nossa “cabeça” com informação atualizada, com troca de experiências, com livros interessantes, com aplicativos que já temos disponíveis, etc.
Não se investe em matricular-se em um curso de preparação para o parto, não se marca uma consulta pediátrica pré-natal.
Sempre recomendo aos futuros pais, conversarem com Obstetras, Pediatras, Obstetrizes, Enfermeiras Obstetras, Nutricionistas, Fisioterapeutas, Doulas, Parteiras, com Psicólogos Perinatais. E tem mais. Como mudaram muito as recomendações sobre amamentação nas duas últimas décadas, temos que envolver as avós e avôs do futuro bebê.
Atualmente, a amamentação deve ser exclusiva, sem águas, chás, sucos. Não oferecemos mais mamadeiras e chupetas, não utilizamos cronômetros para controlar o tempo das mamadas. Não se preparam mais os mamilos e aréolas passando buchas, pegando sol, fazendo exercícios mamilares.
Atualmente, a amamentação deve ser exclusiva, sem águas, chás, sucos. Não oferecemos mais mamadeiras e chupetas, não utilizamos cronômetros para controlar o tempo das mamadas. Não se preparam mais os mamilos e aréolas passando buchas, pegando sol, fazendo exercícios mamilares.
Não liberamos as narinas com a mão em tesoura na mama - mesmo com o nariz encostado no peito o lactente consegue mamar bem.
Na volta ao trabalho, aos 6 meses começamos com papinhas de legumes, de frutas e não damos outros leites e usamos copinhos e colheres.
Muitos governos e empresas já ofertam licença de 6 meses para permitir que a amamentação exclusiva se prolongue o máximo possível e prossiga até os 2 anos ou mais.
Muitos governos e empresas já ofertam licença de 6 meses para permitir que a amamentação exclusiva se prolongue o máximo possível e prossiga até os 2 anos ou mais.
Já temos bem estabelecidas as múltiplas vantagens do leite materno e da amamentação para as mulheres, para os bebês. Benefícios que se prolongam por toda a vida, inclusive prevenindo doenças crônico-degenerativas e alergias na idade adulta e não só infecções como supúnhamos até recentemente.
Vale a pena esse investimento de tempo e de um pouco de recursos para que os novos pais façam essa viagem inédita para esse lugar fantástico – a maternidade e a paternidade prazerosa e consciente.
- Livro “Da Gravidez à Amamentação”
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